quinta-feira, 15 de abril de 2010

Eros

Ignorado por Homero, Eros aparece pela primeira vez na Teogonia de Hesíodo, que o descreve como o mais belo dos imortais, capaz de subjugar corações e triunfar sobre o bom senso.

Deus grego do amor e do desejo, Eros encerrava, na mitologia primitiva, significado mais amplo e profundo.
Ao fazê-lo filho do Caos, vazio original do universo, a tradição mais antiga apresentava-o como força ordenadora e unificadora.
Assim ele aparece na versão de Hesíodo e em Empédocles, pensador pré-socrático.
Seu poder unia os elementos para fazê-los passar do caos ao cosmos, ou seja, ao mundo organizado.
Em tradições posteriores era filho de Afrodite e de Zeus, Hermes ou Ares, segundo as diferentes versões.
Platão descreveu-o como filho de Poro (Expediente) e Pínia (Pobreza), daí que a essência do amor fosse "sentir falta de", busca constante, em perpétua insatisfação.
Seu irmão Ânteros, também filho de Afrodite, era o deus do amor mútuo e, às vezes, oponente e moderador de Eros.
Artistas de várias épocas representaram com freqüência o episódio da relação de Eros com Psiqué, que simboliza a alma e constitui uma metáfora sobre a espiritualidade humana.
Em Roma, Eros foi identificado com Cupido. Inicialmente representavam-no como um belo jovem, às vezes alado, que feria os corações dos humanos com setas.
Aos poucos, os artistas foram reduzindo sua idade até que, no Período Helenístico, a imagem de Eros é a representação de um menino, modelo que foi mantido no Renascimento.





Fonte: www.nomismatike.hpg.ig.com.br

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